Aliensangria no Brasil

Brasil

Choro por ti.

Quais os muros que te

separam de ti mesmo?

Qual dessas colunas é mais fria

e concreta que o próprio concreto

quando – claro – em escuridão?

Teus governantes.

Nossos governantes.

Os caprichos decidem a política.

A política esconde os caprichos; e o sol

segue invariável renascendo a cada dia

Até que renasçam os caprichos

e as políticas; já velhos. Velhos,

nus e indecentes.

Brasil, viva sempre seu povo

em tudo novo

Tudo de novo

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Civilização à beira-mar



A praia Anita Costa, mais conhecida como Buracão, localiza-se no bairro Rio Vermelho, em Salvador.  Até chegar ao local, o acesso é pela rua do Barro Vermelho, rodeado de prédios . O banhista desce cerca de 50 degraus, para explorar um lugar de areia fina, arrecifes e mar agitado. Ao lado, fica o Quartel do Exército, do outro lado, pedras e edifícios que foram construídos com o passar dos anos, o que torna o local escondido, daí o nome ‘buracão’.

De acordo com Girlene Beda, professora aposentada e moradora do bairro, a praia antigamente era diferente e, hoje, ela questiona as construções ao redor e empresas de iniciativas econômicas privadas, como hotéis, que aos poucos viabilizaram a crescente ocupação da famosa prainha Anita Costa. “Cheguei para morar na chapada do Rio Vermelho aos 6 anos de idade com meus pais Ranulfo Beda Sacramento, Aurelina de Jesus Barros Sacramento e meus irmãos. Sempre fui uma frequentadora da praia Anita Costa. No local, antigamente, tinha um orfanato para receber pessoas carentes e uma clínica de fazer parto. Tínhamos um morro lindo chamado Véu de Noiva, que proporcionava a todos os banhistas sem distinção de classe uma vista maravilhosa do mar. No entanto, após a chegada da civilização aos poucos, a bela paisagem deu lugar as construções urbanísticas. Por causa das construções dos edifícios luxuosos, a praia foi se tornando um bairro da elite e, com isso, houve a proibição dos moradores antigos de frequentar o local. Nós tínhamos uma praia de qualidade, mas é um pena que com o passar do tempo perdemos um pouco da sua origem. Hoje em dia não temos mais areia, pois quando a maré enche, especialmente, nas estações de inverno, o mar toma conta de toda a prainha. Ou seja, tornou-se um lugar que não possui  a infra-estrutura das grandes praias da cidade.

Por fim, Girlene faz uma análise e alerta que as autoridades tenham mais atenção, para que esta praia (dentre outras menores) não desapareçam, e reforça o pedido: “Eu gostaria de alertar as autoridades para terem mais cuidado com nossas praias, pois ao longo do tempo elas sempre inspiraram muita beleza, admiração, música para os nossos compositores, poesias, e elas são um “berço” de alimentação dos baianos, proporcionando uma diversidade de comidas. Encarecidamente, tenham mais amor no coração e pensem duas vezes antes de começarem a construir edifícios próximos as praias, porque isso pode ocasionar o desaparecimento e dar espaço ao concreto, ao invés da natureza, que hoje é tão maltratada e desrespeitada pelo poder público”, conclui.


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Pesquisa aponta que mais da metade das mulheres brasileiras têm medo de assédio

 

07

Um estudo divulgado pela organização internacional de combate à pobreza ActionAid, afirma que as brasileiras com idade entre 14 e 21 anos convivem diariamente com o medo de ser assediadas. De acordo com a entidade, em comparação com o Reino Unido, Índia e Quênia, países que também foram pesquisados, as adolescentes são as que mais se sentem ameaçadas – no Quênia são 24%, na Índia, 16%, e no Reino Unido, 14%.

O estudo fez um levantamento que o medo diário do assédio afeta 41% das adolescentes entre 14 e 16 anos. O percentual aumenta para 56% na faixa que vai dos 17 aos 19 anos e alcança 61% entre 20 e 21 anos. Segundo a ActionAid, esses dados sugerem que a consciência sobre os riscos aos quais as mulheres ficam expostas aumenta com o passar do tempo.

Glauce Arzua, gestora de Engajamento Público da ActionAind, afirma que o Brasil com 53%, se comparado com o segundo lugar, o Quênia, com 24%, tem um destaque muito grande, e não é só o medo, mas também como o medo está referendado por uma prática comum.

A pesquisa escutou 2.560 jovens homens e mulheres dos quatro países com idade entre 14 e 21 anos, com o intuito de descobrir onde e quando começa a exposição ao ódio contra as mulheres, chamado de misoginia, e como as experiências generalizadas de assédio sexual ocorrem durante a adolescência.

No Brasil, as pesquisas foram feitas com 500 jovens, sendo 250 mulheres e 250 homens, em dezembro do ano passado. Os jovens ouvidos, de todos os níveis de escolaridade, eram de todas as regiões do país.

Formas

O estudo mostrou que no grupo das brasileiras, 78% tinham sido assediadas nos últimos seis meses. O assédio verbal veio em maior quantidade (41%), seguido por assovios (39%), comentários negativos sobre a aparência da pessoa em público (22%) e nas redes sociais (15%), pedidos de envio de mensagens de texto com teor sexual (15%), piadas feitas em público com teor sexual que as envolviam (12%), piadas por meio de redes sociais com teor sexual que as envolviam (8%), beijos forçados (8%), apalpadas (5%), fotos tiradas por baixo da saia (4%) e fotos íntimas vazadas nas redes sociais (2%).

Para 76% das mulheres, é confortável a ideia de contar a alguém o que ocorreu. Entre as meninas de 14 a 16 anos, 77% afirmaram que relataram o caso. “Não se pode deixar passar uma atitude como essa, e o mais bacana ainda é o fato de querer falar sobre isso”, comentou Glauce.

Ela também explanou que frequentemente busca-se o caminho punitivo para enfrentar o problema, entretanto observa que esta não é a única maneira. “É importante, mas nem tudo passa somente pela penalização, passa muito pela educação e pelo acolhimento dessa denúncia”, disse.

Misoginia

O estudo da ActionAid no Brasil adverte que as ações que significam desrespeito ou desprezo pelas mulheres não são uma exclusividade do país. Os jovens dos demais países incluídos na pesquisa revelaram casos de exposição a atitudes negativas ou ofensivas em relação a meninas nos últimos seis meses. Ou seja, 65% das mulheres ouvidas enfrentaram alguma forma de assédio sexual.

“Pelo fato de acontecer na família e também com amigos, além de personalidades e autoridades, a gente vê que são círculos de influência muito diretos. São dados que chamaram muito a atenção do ponto de vista negativo”, afirmou a gestora de Engajamento Público da ActionAid.

Pessoas da família (39%) e amigos (34%) dos jovens entrevistados estão entre os principais praticantes dessas ações para os brasileiros que garantiram ter testemunhado algum tipo de atitude depreciativa contra meninas nos últimos seis meses.

Pontos positivos

Apesar dos aspectos negativos, o estudo indicou fatos positivos após entrevistar jovens nos quatro países. Um dos aspectos positivos é que a conscientização sobre o assunto parece estar em crescimento nesta geração.

No Brasil, diante da pergunta sobre o nível de tolerância a determinadas agressões, 88% dos meninos e meninas consideraram inaceitáveis comentários negativos sobre a aparência das jovens. O percentual atingiu 85% para intolerância a piadas sexuais envolvendo garotas. Nesse quesito, o Brasil teve os melhores resultados entre os quatro países. “Em todos eles, ambos os sexos responderam que são inaceitáveis. Este é um dado positivo na percepção de que não é uma prática correta”, observou Glauce.

Educação

Outro fato relevante foi os jovens (80%) acreditarem que a educação é a maneira de resposta para combater o assédio a meninas e mulheres. No Brasil, 59% apontaram a necessidade de ensinar os meninos na escola como tratar as meninas. Além disso, é fundamental conscientizar os professores para que levem as denúncias a sério, como também é necessária a educação dos pais.

“É um dado interessante, visto que se relaciona com a percepção de que, na família, também aparecem os comentários misóginos e haveria uma possibilidade interessante de que a escola seria o espaço de reflexão e de acolhimento desses problemas e dos principais influenciadores desses jovens que são os pais”, concluiu Glauce Arzua.

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Piscina semiolímpica da Pituba disponibilizará 420 vagas gratuitas de natação

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As inscrições para fazer aulas de natação de graça seguem até o dia 27/02. Para participar é necessário acessar o site da Arena Aquática. A pessoa precisa ter a partir a partir de 7 anos de idade. Idosos que tenham condicionamento físico adequado às atividades também podem participar.

No local trabalham cinco professores de educação física com especialização em natação e seis estagiários. Cada turma terá o ciclo de quatro meses, para que então haja formação de novas classes e mais pessoas tenham oportunidade de fazer as aulas.

Após o sorteio, os contemplados deverão comparecer ao local com os documentos necessários: RG, CPF, atestado médico clínico geral ou cardiológico, além de atestado de doença de pele e os materiais necessários para a aula, como traje de banho, óculos e touca.

Ao todo, foram abertas 726 vagas, porém 306 inscrições acabaram sendo preenchida. As aulas acontecem na piscina semiolímpica de maneira ininterrupta, das 6h ás 18h, alternando a turma a cada hora.

As turmas são divididas em grupos. De segunda, quarta e sexta são as aulas de aperfeiçoamento para quem já sabe nadar e na terça e quinta acontecem as aulas de iniciação e adaptação para quem ainda não sabe. 

Mais informações acesse: http://www.arenaaquatica.salvador.ba.gov.br/

 

 

 

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Inscrições abertas para oficinas

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Os Centros Juvenis de Ciências e Cultura, localizado em Salvador, Feira de Santana, Senhor do Bonfim, Barreiras, Vitória da Conquista, Itabuna e Jequié, estão com inscrições abertas para diversos cursos e oficinas gratuitas, Fotografia, Inglês, Robótica, Piloto virtual, Libras, Games, Empreenda, Geometria em ação, Música, Desenho, Cosplay e outros.

Os estudantes precisam estar matriculados no 9º ano do Ensino Médio, na Educação de Jovens e Adultos (EJA) ou Educação Profissional e Tecnológica.

Para mais informações sobre o cadastro, acesse o

www.estudantes.educacao.ba.gov.br/

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Descanse em paz, Mestre Ricardo Boechat

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A mãe do jornalista Ricardo Boechat, Dona Mercedes, mostrou muita força, amor, cidadania e sinceridade, ao falar do grande filho que partiu, após o acidente com o helicóptero, e mostrou durante o velório no MIS, em São Paulo, de onde veio o DNA do filho.

Aos 87 anos, absolutamente lúcida, Dona Mercedes disse do orgulho que sente do homem que trouxe ao mundo e educou. E lembrou no mesmo estilo de Boechat, ao dizer que os governantes têm que dar ao povo “respeito e não caridade pública”. 

“Nós não vamos acabar com os problemas sociais se não mudarmos as cabeças e se não exigirmos disso tudo que está lá em cima, que quer nos mandar e impor coisas, o respeito que o povo tem que ter e merece ter. E temos direito a ter respeito. E eles têm essa obrigação de nos dar respeito, não caridade pública, mas respeito”, afirmou ao BandNews TV.

Ela exigiu mais respeito a todos os seres humanos, com educação e saúde pública digna.“Que os hospitais nos atendam com decência, que os colégios públicos sirvam para as crianças aprenderem realmente para poder crescer. Trânsito ordenado. Não é porque o meu carro é melhor do que o seu que vou passar na sua frente, entende? Temos muito que aprender, muito”, continuou.

E lembrou: “Não existe uma raça superior. Tem tanto valor um porteiro quanto um médico, porque cada um desempenha o seu trabalho com dignidade e cada um é importante para toda a sociedade”.

Comovida com a perda imensa, ela não deixou de falar das qualidades do filho.

“Tenho muito orgulho do homem que foi meu filho; um homem honesto, correto e sincero. Era um homem que falava com o faxineiro, com um mendigo de rua, com o mesmo carinho que falaria com qualquer outra pessoa”.

Mesmo em momentos tristes como este, Dona Mercedes mostrou que o bom humor também faz parte da genética da família.

Veja o que ela contou ao lembrar do nascimento do filho: “Um bebê que quando nasceu o médico disse pra minha mãe, ‘ainda bem que é um menino porque é muito feio’. Só que foi um patinho feio, mas com dois meses era um bebê muito bonitinho, bocão grande, mas aqueles olhinhos muito vivos, carinha cor de rosa, carequinha, quando começou a falar com um ano e pouco, começou a falar perfeitamente”, disse.

Dona Mercedes destacou que Boechat ficaria “assombrado” de ver a quantidade de homenagens e demonstrações de carinho do povo brasileiro e de colegas de profissão, porque ele não fazia as coisas solicitando recompensa. “Eu fiquei de boca aberta com os depoimentos das pessoas de todas as classes sociais sobre o meu filho”.

Ela falou em especial sobre os taxistas, que colocaram letreiros de táxi sobre o caixão do jornalista.

“Aquilo foi maravilhoso, agora sim é o caixão do Ricardo; isso é o que ele era, não era um caixão de luxo”, afirmou.

Dona Mercedes foi aplaudida de pé e chamada de “grande mulher” pelos presentes no velório de Ricardo Boechat e saiu emocionada da entrevista.

 

 

 

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Aplicativo é lançado para acompanhar o trabalho parlamentar

O aplicativo Poder do Voto foi lançado no dia 12/02, com o objetivo do cidadão acompanhar as discussões no Congresso dos projetos de lei e conhecer opiniões de diferentes entidades a cerca de determinada matéria. A pessoa poderá acompanhar até três senadores e um deputado, e saber como votaram, além de poder comentar se é a favor ou contra uma lei.

O fundador do Poder do Voto, Mario Mello, comenta que ao se cadastrar no aplicativo, o usuário recebe alerta de leis relevantes antes de a matéria ser votada em plenário. “Você coloca a sua opinião e o parlamentar receberá um relatório de quantos são contra ou a favor”, explicou.

Desta forma, as opiniões dos usuários são enviadas para os e-mails dos parlamentares, justamente para realizar o acompanhamento do parlamentar, fortalecendo a cidadania. “É um instrumento de participação e cobrança, e o app representa esse marco: transparência e aproximação com a atividade parlamentar”, conclui Mario Mello.

O taxista Bastião Carlos de Oliveira, de 53 anos, disse que vota desde os 18 anos e acompanha os parlamentares em quem votou. “Eu acompanho a política.  Quem não gosta da política sofre nas mãos dos políticos. Se eles desvirtuam daquilo que prometeram, eu caio fora. Não voto mais nele”, disse.

O aplicativo está disponível gratuitamente nas plataformas Android e IOs.

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